quinta-feira, 29 de julho de 2010

N'ALMA O EXÍLIO


Fortaleza
Me deixou
Fortaleza
Não estou
Sofro os dias
Pancadas fortes
Socos
Eu que suporte
Se não a morte
Me leva leve como as
Águas da praia do futuro
E meu espírito de tão límpido
Virou cactos do sertão
Sou uma exilada desde então
A não poder morar na minha terra
Fortaleza
Deus me exilou
Sou o próprio exílio
De minha terra
De meus pais
De minha paz...