terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu não suporto!
Não dá pra suportar...
Ver pessoas se desmanchando
Na ignorância imagética do mundo
Toda ignorância é feia
Eles querem ser lindos
Mas toda ignorância é feia
De uma feiura insuportável...
E fede muito...
E grita muito...
Faz barulho...
Tento deixar a minha raiva passar
Tendo tapar meu nariz
Tendo tapar meus ouvidos
E estender a mão ao absoluto
De mim
Aí vejo um mar azul
Distorcido
Cheio de ondas frenética
Se chocando diante de mim
Observo espantada
Palhacinhos dançando e
Chorando...Tão pequenininhos...
Querendo ser aceitos
Pedindo e se humilhando
Para serem aceitos
Por eles mesmos
E nesse momento
Compreendo que eles são fracos
São feios, são podres e ignoradores
Da vida deles mesmos
Não aceitam eles mesmos
São preconceituosos
E tremem ao olharem-se no espelho
Passam pó de arroz na sua existência vazia
Misturam sua vida ao um doce de baunilha
Para não sentir o amargo gosto de ser quem são
Se falsificam
Eles teimam em não almoçar
Querem chupar pirulito
Só pirulito
São crianças?Não .
Não posso associá-los a
Crianças.
Por que a criança é criação
É criar tudo que desejam
É esculpir o mundo
É beleza
É o êxtase de um lápis na mão
Com uma folha em branco
Para fazer o que quiserem
Ser o que quiserem
Não posso compará-los a crianças
Os comparo com buracos
Os comparo com presidiários
Misturado com bosta
Que vão se desmanchando
Em mais bosta
Deixando rastros de merda por aí...