quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Além perdido


*

Para Mario de Sá carneiro

Se ao menos um dia eu conseguisse ser-me
nas confusas veredas da vida
“Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...”
Como poetou Mario de Sá carneiro

meus sentidos transfiguram-se
quando sinto a presença da falta
quando ela me toma e me deixa inerte
a dor de Mario de Sá é a minha
ao sentir que

Passará
Passará
Passará
Como o vôo dos pássaros
Os momentos
Onde um certo ato
Mudaria tudo em mim

Se ao menos um dia eu conseguisse ser-me
As veredas da vida não seriam mais confusas
Mas me falta esse golpe de asa
Que Mario de Sá carneiro não revelou
Que Mario de Sá carneiro não conseguiu descobrir
E me deixou assim...
*
“O grande sonho - ó dor! - quase vivido...”