domingo, 27 de janeiro de 2013


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Eu não sou da sua trupe
Baby esqueça 
Eu não sou da sua trupe
Baby vá embora
Eu não sou da sua trupe
Baby tome um entorpecente
Eu não sou da sua trupe
Baby um sorvete seria bom
Enquanto a vontade passa
Eu não sou da sua trupe
Baby ó baby
Tudo é engano seu
Eu não sou da sua trupe 
Você me quer por perto 
Mas eu não sou da sua trupe
Baby esqueça então
Veja!veja!veja!
Quanta bobagem a nossa

Quanta bobagem
O som parece tocar
Tão bem
Eu e você
Nós...

A sua trupe
Eu não quero ser da sua trupe
Eu não sou da sua trupe
Imagine eu
Baby escute Doces bárbaros
Ou mutantes
Vire seus olhos pra mim neste
Instante

Não finja
Que eu sou da porcaria da sua trupe
Não queira que eu finja com você
Esqueça então
Vá tomar um banho de chuva
Olha o céu

Olha o céu!

Baby quanta confusão nós fazemos...
Nunca escutou a Tropa da tropicália?
Nunca disse
É proibido proibir?
O que esteve fazendo todo esse tempo aqui?

Baby,baby,baby...
Eu sei que é assim!

Você precisa,você precisa...!

Sair e se divertir comigo
Só e sem a sua trupe
Dê chance a sua imaginação
Tire a trupe do seu caminho
Grite fogos de artifícios 

Queime como os Beats

Nas sua pura poesia
Livre, lívida

Mas
não,
não finja
e queira que eu seja da sua
trupe vazia
olhe-me e sinta

Baby
Que merda!
Eu te amo...
E tu me amas...
Tanto
Tonto
Devemos olhe !
Devemos...

Vá embora!
Com sua trupe na costas,então...
Siga
Reto
E escreva poemas
Concretos

Baby, você não precisa.
Eu grito: - Você não precisa!

Por que o que eu sei mais!
É lindo de morrer!!!!
É lindo!!!
Is very nice pra xuxu,Baby...

E completamente blue!

Como o céu de quando nos beijamos
E você estragou tudo
Num sopro,num arrombo!


É tudo rojo!
É tudo nojo!

Esqueça baby
Eu não sou da sua trupe
Baby esqueça então
Veja!veja!veja!
Quanta bobagem a nossa



Ale B.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Quero misturar-me
Na inconsciência do mundo
Cada vez mais quero ser
infinito
Para eu mesma ser poema
Deixar toda a dimensão
escorrer por dentro de mim
A vida
E de tão imensa
Vasarei pelos poros
o enigmático
Instante do mundo
Ser eu mesma o mundo
Ser eu mesma
E fazer rabisco de mim
Para eu mesma ser poema
Na língua,
Na lágrima
No caminhar
No toque
No silêncio
E quando a dor
Sucumbir-me
Eu de tempestades já sou

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu não suporto!
Não dá pra suportar...
Ver pessoas se desmanchando
Na ignorância imagética do mundo
Toda ignorância é feia
Eles querem ser lindos
Mas toda ignorância é feia
De uma feiura insuportável...
E fede muito...
E grita muito...
Faz barulho...
Tento deixar a minha raiva passar
Tendo tapar meu nariz
Tendo tapar meus ouvidos
E estender a mão ao absoluto
De mim
Aí vejo um mar azul
Distorcido
Cheio de ondas frenética
Se chocando diante de mim
Observo espantada
Palhacinhos dançando e
Chorando...Tão pequenininhos...
Querendo ser aceitos
Pedindo e se humilhando
Para serem aceitos
Por eles mesmos
E nesse momento
Compreendo que eles são fracos
São feios, são podres e ignoradores
Da vida deles mesmos
Não aceitam eles mesmos
São preconceituosos
E tremem ao olharem-se no espelho
Passam pó de arroz na sua existência vazia
Misturam sua vida ao um doce de baunilha
Para não sentir o amargo gosto de ser quem são
Se falsificam
Eles teimam em não almoçar
Querem chupar pirulito
Só pirulito
São crianças?Não .
Não posso associá-los a
Crianças.
Por que a criança é criação
É criar tudo que desejam
É esculpir o mundo
É beleza
É o êxtase de um lápis na mão
Com uma folha em branco
Para fazer o que quiserem
Ser o que quiserem
Não posso compará-los a crianças
Os comparo com buracos
Os comparo com presidiários
Misturado com bosta
Que vão se desmanchando
Em mais bosta
Deixando rastros de merda por aí...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

há aqueles que
não sabem-se vida
não sabem-se poesia
não sabem-se música
não sabem-se arte
não sabem-se amor

insistem na busca
do extermínio
gostam da beleza do não
gostam da beleza do vão
disparam entre formas vagas
não sabem-se nada
e dizem-se celebradores do viver...

há aqueles que
de tão saberem-se vida
de tão saberem-se poesia
de tão saberem-se música
de tão saberem-se arte
de tão saberem-se amor

estão por aí na dor
estão por aí sentindo o furor
dizem sim ao todo
dizem sim ao completo absurdo
são o próprio disparo mudo
sabem-se em tudo
e ficam abismados na imensa ternura do viver...
a vida os percorrem
e dentro deles os celebram
a vida,ela mesma,diz-se celebradora

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu escrevo porque em mim há sempre uma completude,há sempre uma vereda que se perde,escrevo para encontrar caminhos,desbravar  o meu mais profundo ínfimo...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

As belas tardes de verão se vão
Os incríveis momentos
Os terríveis momentos
A ânsia de tudo
Consegue transbordar em absurdos
Os poemas ,sujeira apenas...
Papel somente...Papel!Papel!Papel!
E o mel das minhas sensações
Viraram prisões...
Ó o mel das minhas poesias digitalizadas em um trânsito cibernético
As que guardo dentro de mim
Há essas sim é um perplexo!
Borbulhar artístico enfebrecido!
Os cadernos riscados
As frases postadas
Poemas publicados
São apenas pedacinhos
De mim
Bem pequenininhos....
Um existente insistente Infinito
Dos vários que me habitam
Pedem para serem exprimidos
Em folhas brancas
Que podem virar lixo!

Ale B.
minha poesia não é mesquinha
ela quer ser a alma minha
na sua mais vasta existência
sensações debruçando-me
vislumbres verdadeiros
minha poesia nunca será mesquinha
nada que escrevo
é hipócrita
pois sai na instância do sentir
estou a escrever a parte
transparente de mim
minha poesia é ,porém,uma
facada profunda em meu coração...
diz ao mundo e a mim os meus labores
as minhas grandes desilusões
mostra as cicatrizes que há
ainda e são...tão fortes...
sou a melhor e mais brilhante poetisa
na medida que rasgo o meu azul
em dor profunda e dilacerante
quando sangro: pinto o papel em
um vermelho tão bonito!
e é esse vermelho que me salva
e me faz por vezes existir...

Ale B