quinta-feira, 29 de julho de 2010

N'ALMA O EXÍLIO


Fortaleza
Me deixou
Fortaleza
Não estou
Sofro os dias
Pancadas fortes
Socos
Eu que suporte
Se não a morte
Me leva leve como as
Águas da praia do futuro
E meu espírito de tão límpido
Virou cactos do sertão
Sou uma exilada desde então
A não poder morar na minha terra
Fortaleza
Deus me exilou
Sou o próprio exílio
De minha terra
De meus pais
De minha paz...

2 comentários:

Bruno Oliveira disse...

Pobre planta, calma lá. Estou cá pra ti ajudar. Deixe minha faca ti perfurar, deixe que ti faça sangrar... Verter água tu precisas, teu conteúdo vital há de jorrar... Só assim pra ti evaporar. Condensar-te és o plano, bruma doce deve cair, e já, sobre o Dragão-guardião do Mar e sobre a Sereia dos Lábios de Mel, petrificados eles estão, tempão faz já! Só assim ganharão vida, só assim tu se libertarás!

Puuutz!... Delirei.

Forte abraço!!

Jonas Torres disse...

belos versos os teus.
um abraço,