quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Quero misturar-me
Na inconsciência do mundo
Cada vez mais quero ser
infinito
Para eu mesma ser poema
Deixar toda a dimensão
escorrer por dentro de mim
A vida
E de tão imensa
Vasarei pelos poros
o enigmático
Instante do mundo
Ser eu mesma o mundo
Ser eu mesma
E fazer rabisco de mim
Para eu mesma ser poema
Na língua,
Na lágrima
No caminhar
No toque
No silêncio
E quando a dor
Sucumbir-me
Eu de tempestades já sou

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