E ouço, ouço...

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Calada ouço todos a indagar
Parada vejo a reação de todos
Os corpos se mechem,
como um Motor programado
e estático.
Sempre os mesmos atos,
sempre as mesmas ações.


Parada ouço as indagações,parada ouço,ouço...
E fico em sonhos ,e fico em devaneios...

Susto!


Alguém me chama...
Mais uma vez ouço,calada,as indagações.
E vejo olhos brilhantes esfomeados!
Um número sugestivo de seres tentam me derrotar.
E derrotar os meus iguais!


Esses corpos tristes e sem amor,
vivem a vida e morreram sem entender,
o porque tento ser como os pássaros...


Defesa!


A cadência desta vida
Move os instintos animalescos
De ambos os seres
Instinto de terror e repulsa
Instinto de tristeza e dor


E não mais ouço,ouço.
De minha garganta duras palavras saem...
E como uma areia movediça ,vou ao fundo
e junto vão meus sonhos mais profundos.

Lucidez!

E estes corpos programados,
com os mesmos atos e com as mesmas ações,
vitoriosos produzem um ambiente infeliz e vazio!
Motorizado.
Caminho em fortes passos,
Agora ignorando os olhares...
Para que não me desintegrem.

Conformação!

A ação do saber,
é inútil.
O entender porque de seres assim ?
É descobrir a força que os movem.
Esta é infinita e incompreensível!

Então,
calada ouço todos a indagar,
Parada vejo a reação de todos.
Os corpos se mechem
como um Motor programado
e estático.
Sempre os mesmos atos,
sempre as mesmas ações.

Parada ouço as indagações,parada ouço, ouço...
E fico em sonhos ,e fico em devaneios...


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