sábado, 22 de maio de 2010

Por trás da fina tela



Sempre aqueles mesmos olhos cansados e tristes a mirar... E a cabeça numa interrogação constante: mirar o que? A televisão incessantemente a conduzir a alienação geral num jogo de disfarces e ignorâncias que nunca acaba. E as pessoas que não “simpatizaram” com tecnologia?Estes acabam adentrando na mais profunda agonia. Tente ser diferente e você é excluído!

O artificialismo das relações humanas é enorme e a tendência é aumentar. Os seres atualmente só se relacionam livremente por meio de máquinas! Daqui a pouco não somos mais gente ,somos computadores, televisões e celulares...

Estão enganados aqueles que dizem que a ditadura terminou, vivemos na pior das ditaduras. Uma vez que esta é inconsciente e cresce de maneira assustadora, aos poucos estamos nos transformando em aparelhos cibernéticos. E assim como estes seres cada vez mais frios, calculistas, irracionais e imbecis.


Só resta ter saudades do tempo das conversas nas calçadas!Daquela lua brilhante que confidenciava os papos presentes de corpo e alma.É então na lembrança que estão os mais belos momentos,sempre torneados de simplicidade e paz.Tudo que uma tela branca e estática nem imagina que exista...Pena das crianças de hoje!Vivemos em mundo de plástico.Frágil, sem emoção e sem paixão.

Melhor ser como os bêbados, boêmios, beber e conversar nos bares, do que se entregar ao MSN.Melhor caminhar sem rumo, observar os hippies sentir o vento tocar a pele,deitar na grama, do que passar o tempo no Orkut... Melhor ficar contando estrelas do que ficar atualizando twitter,melhor escrever uma crônica do que assistir a novela das oito.

Um comentário:

Bruno Oliveira disse...

Eh; vivemos num mundo cada vez mais tecnológico, virtual, porém, além das desvantagens, das angustias, das paranóias contemporâneas, que tu bens mencionou, há algo sui generis: a possibilidade de agregar, de trocar conhecimentos. Seu blog, o meu e o de muitos outros são bons exemplos; são paradas obrigatórias para quem aprecia boas idéias, bons textos, bons estetas. São oásis que poucos têm a sorte de encontrar. Mas tu já sabes mui bem disso, não é? Sendo assim, cabe a nós, blogueiros, dominar este espaço cibernético, mostrar aos “outros” outras experiências oculares. Somos minoria, por ora, mas estamos crescendo (por segundo), vivendo, divulgando, expondo...