terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FUI


Adormeceram-se meus sentidos
Estão anestesiados
Que substância letal?
Que penicilina?
Que droga fez-me ir embora?
Meus olhos fervem
Desde então...
São chamas
Duas brasas
Prestes a explodirem...
Não estou apenas doente
Não estou somente
Com o coração apertado
Sou outra pessoa...
Não me acho...
Me perdi...
Aquela que fui
Não está mais por aqui
Talvez grita por aí a procura de ajuda
Ou se dissipou em fúria
Mas nesse corpo já não habita mais
A água já não me molha
O vento já não me suaviza
O sol já não me aquece
Não sinto o chão
Flutuo...
Não sinto o gosto
de teus lábios nos meus
tudo se perdeu...

4 comentários:

Leonardo Rocha '.' disse...

Nossa talvez algo de um término, uma paixão que tem diminuido cada dia mais??? Entendi errado? Mas me fez pensar isso, talvez algo insólito, algo do espírito que eu em minha pequenez não soube captar, mas mesmo eu não sabendo reconhecer magnífica beleza, tenho-o como Belo, como maravilhosa expressão de teu Ser. Parabéns.

LR .'.

Anônimo disse...

Essa é a Alessandra que conheço, que arrepia quando escreve e nos encanta com sua presença!

ALESSANDRA BESSA disse...

Leo,obrigada!
Mas não posso nada lhe
afirmar sobre mim
pq nem eu mesma
sei o que se passa
no labirinto de minha alma
faço poesia
procurando a saída...

BJOS

ALESSANDRA BESSA disse...

"Essa coisa que não tem nome ,essa coisa é o que somos" SARAMAGO

Mesmo sem se identificar ,sinto sua presença,sei quem vc é,meu caro !

Grande Abraço,anônimo.